Como fazer Sombra no Desenho – Guia COMPLETO do Fundamento da Luz e Sombra

Você já ouviu falar sobre o Fundamento da Luz e Sombra?

Uma dúvida muito comum de desenhistas iniciantes é: como fazer sombra no desenho? 

Muita gente acha que é só colocar a sombra do lado oposto da luz e pronto. Sinto muito em te dizer, mas o Fundamento da Luz e Sombra não é só isso! 🙁

O Fundamento da Luz e Sombra ou sombreamento do desenho é muito mais do que isso, envolve outros aspectos que muitas vezes passam despercebidos.

Se você fica na dúvida de como sombrear os seus desenhos ou se você acha que luz e sombra é só posicioná-las no lugar certo, você precisa ver esta aula até o final para entender melhor o fundamento da luz e sombra e elevar o nível dos seus desenhos.

Se preferir, acompanhe esta aula de desenho em um vídeo no meu canal do Youtube e aprenda de forma prática sobre o fundamento da luz e sombra. 

O que é o Fundamento da Luz e Sombra

A luz e a sombra tem uma função crucial que é definir o volume e a profundidade dos desenhos. Ou seja, a luz e a sombra ajudam a reforçar e a potencializar o efeito de tridimensionalidade dos desenhos.

tigelas com sensação de tridimensionalidade utilizando o efeito de luz e sombra

Por exemplo, observe a imagem acima, as tigelas apresentam a sensação de tridimensionalidade, e isso só foi possível utilizando o efeito de luz e sombra. O desenho traz imediatamente a nossa visão a impressão do que está fora e do que está dentro da tigela, qual tigela está ao fundo e qual está mais à frente. Esse jogo de luz e sombra é conhecido como contraste.

A luz e sombra no desenho também é conhecido como o Fundamento dos Valores. O valor é basicamente a luminosidade refletida em um objeto, ou seja, o quanto uma área tem mais preto ou mais branco. 

Escala de cinza conhecida como Fundamento dos Valores

A escala de cinza que é demonstrada na imagem acima foi aplicada no desenho das tigelas, isto é, existe uma variação nas tonalidades de cinza, assim, cada superfície está refletindo uma tonalidade e uma luminosidade. Veja bem:

Repare que a parte superior da tigela tem uma quantidade maior de branco.

Desenho de tigela demonstrando o fundamento da luz e sombra e uma maior quantidade de branco

E na região oposta desse gradiente, há a presença do preto absoluto, principalmente nas regiões de sombra projetada, isto significa, que onde não há nenhum tipo de luz, ela será sempre mais escura, chegando em um preto quase 100%.

Desenho de tigela utilizando o fundamento da luz e sombra demonstrando um preto absoluto

E no restante do desenho das tigelas temos uma grande variedade de gradações entre o preto e o branco. Cada superfície dessa cena, ao ser impactada pela luz, refletirá uma tonalidade de mais preto ou menos branco.

Mas essa variação de cor vale para todas as cores, e não somente para o preto e branco. Todas as cores terão uma tonalidade mais clara, com mais branco adicionado à ela e também uma tonalidade mais escura, com mais preto adicionado àquela determinada cor.

Cartela de cores com demonstração de variação tonal do mais escuro para o mais claro

Tipos de Luz

Há dois tipos de fonte de luz:

1) A Luz direta, a fonte de luz está diretamente atingindo o objeto, como por exemplo a luz que vem do sol

2) E Luz difusa quando não há uma direção correta, ela provém de várias fontes de luz

Dois tipos de luz: luz direta e luz difusa

Cada uma dos tipos de luz vai gerar uma qualidade de sombreamento. 

Na luz direta a transição de uma superfície de luz para a de sombra será mais brusca.

Esfera demonstrando a transição mais brusca da luz direta na superfície do objeto

Na luz difusa a transição do claro e escuro a transição é muito mais suave e gradual, não há a presença de uma linha brusca cortando a região entre a luz e a sombra.

Esfera demonstrando a transição mais suave da luz difusa na superfície do objeto

Vamos nos aprofundar um pouco na anatomia da sombra:

Na luz direta observamos 8 variações, cada uma dessas variações apresentam nomes diferentes:

  1. Brilho (Highlight): é uma área bem pequena de branco, onde os raios de luz impactam diretamente e paralelamente a superfície, é a única região de tom 100% branco. E conforme você for avançando no desenho, perceberá que as regiões de branco absoluto são pouco utilizadas, o que na verdade observamos são variações de tonalidades de cinza.
Esfera demonstrando a área de brilho (Highlight) que é uma área de branco
  1. Luz central (Center Light): é a área que está após o brilho, que é uma área mais iluminada.
  2. Meio tom (Halftone): é um meio tom de cinza, ou seja, apresenta uma tonalidade de 50% de preto.
Esfera demonstrando o Meio tom (Halftone) apresentando 50% de preto
  1. Terminator (não tem tradução livre em português): é indicado pela região após o meio tom, no qual a região é bem demarcada, é um ponto que demonstra o fim da área clara e o início da área escura. Sendo considerada uma área de transição no desenho.
Esfera demonstrando o Terminator região bem demarcada entre a área clara e a área escura

5) Sombra geral (Core Shadows): que é toda a área mais escura, e a área de maior uniformidade da sombra

6) Sombra projetada (Cast Shadow): observe na superfície há uma projeção da sombra do objeto, no caso, a esfera. A projeção da sombra depende da direção do ponto de luz, ou seja, se esta luz está mais abaixo ou acima do objeto, isto influencia diretamente na maneira como a sombra é projetada. 

Esfera demonstrando sombra projetada (cast shadow)

7) Sombra de oclusão (Occlusion Shadow): é a área no qual está muito próxima e logo abaixo do objeto, sendo considerada a área mais escura da sombra, pois o objeto em questão bloqueia a fonte de luz.

Esfera demonstrando a sombra de oclusão (occlusion shadow) que é uma área muito próxima e logo abaixo do objeto

8) Luz refletida (Reflected Light): é uma área que está na área de sombra no objeto, porém é um pouco mais clara que as demais. A luz rebate na superfície e reflete de volta para esta área da esfera.

Esfera demonstrando luz refletida (reflected light) que é uma área de sombra mais clara que as demais

Já na luz difusa a anatomia da sombra varia muito. Não há região do Terminator, ou seja, não há uma demarcação super definida da área mais clara da área mais escura, e não há demarcação definida do que é a luz central e sombra central.


Assim, o degradê de tonalidades é muito mais sutil.

Caso queira se aprofundar nos estudos do fundamento de luz e sombra, o livro que utilizo como referência é o “Color and Light” do James Gurney, que é focado em pintura e cor. 

Porém como a cor nada mais é do que a luz refletida das superfícies, é necessário entender primeiro a luz para depois compreender a cor, assim é um livro bem útil para se aprofundar no Fundamento da Luz e Sombra e também o Fundamento da Cor.

Capa do livro Color and Light” do James Gurney

Luz é mais importante que cor

Eu achava que sabia fazer sombras, que era algo simples no desenho, bastava  colocar  a sombra do lado oposto da luz e pronto!  

Mas em um curso de pintura que fiz em 2019, descobri que não era bem assim. 

Eu aprendi muito sobre luz e sombra. Não só na pintura mas também no mundo real, você está captando a luz refletida, isto significa, que a luz incide nos objetos e retorna aos nossos olhos em cores.

Prisma demonstrando a aaptura de luz pela lente da câmera

É o mesmo conceito de tirar uma fotografia, na realidade, quando tiramos uma foto, estamos capturando a luz que incide nas pessoas e objetos da cena, e essa luz entra através da lente da câmera e captura a imagem que vemos.

Neste curso, eu aprendi que as cores são secundárias, o mais importante é entender a variações dos valores da luz e sombra da cena que estamos observando, pois é isso que define a nossa leitura da cena, assim vai nos trazer clareza daquilo que estamos pintando.

Neste exemplo, eu demonstro como as cores são secundárias, observe a pintura da “Mulher com sombrinha” (O Passeio) de 1875 do Claude Monet. 

A pintura sem cores, continua passando uma leitura excelente do que o artista quis representar, conseguimos facilmente identificar a mulher, a criança, as sombras no chão, a sombrinha. 

Pintura “Mulher com sombrinha” (O Passeio) de 1875 do Claude Monet em preto e branco

Porém o mesmo não acontece, se deixarmos as cores e retirarmos a luz e a sombra da pintura. 

Perde-se muito da leitura da pintura, é como se estivéssemos vendo um borrão, não há uma definição muito clara do que é fundo, do que é a figura, o que está embaixo e o que está em cima. A legibilidade fica muito reduzida.

Pintura “Mulher com sombrinha” (O Passeio) de 1875 do Claude Monet sem luz e sombra

E para você ter uma ideia do quanto a luz e sombra são extremamente importantes, neste curso, eu desenhei durante 3 meses somente com o grafite, não houve o uso de nenhuma cor se quer durante este período.

Benefícios do estudo da Luz e Sombra

Existem 3 benefícios do estudo dos Fundamentos da Luz e Sombra:

Desenhos condizentes com a realidade 

No desenho, o que de fato estamos fazendo é representar a realidade.  Mesmo que esse desenho seja um cartoon, a intenção sempre é ser o mais coerente possível com as leis da natureza.

Assim, quando aplica-se no desenho as técnicas de luz e sombra estamos dando coerência à representação.

Se eu faço um desenho com um posicionamento errado da luz ou da sombra, o desenho ficará discrepante com a realidade aos olhos de quem observa.

Mesmo que o observador seja leigo e não compreenda em termos técnicos o que está errado, pode ter certeza que será possível identificar certas incoerências que serão percebidas pelo observador quando este for apreciar e analisar a sua arte.

Assim, compreender a luz e sombra, vai ajudar na sensação de realismo e na qualidade como um todo do seu desenho.

Gerar pontos focais que auxiliam na leitura do desenho

O fato da luz e da sombra permitir gerar pontos focais, faz com que o desenho fique muito mais interessante. Observe a figura abaixo:

Desenho de rosto de homem no qual somente a parte frontal recebe luz

De modo geral, a sombra é muito presente neste desenho, e somente a parte frontal do rosto do homem recebe a luz. Assim, o observador é diretamente puxado para o ponto mais claro do desenho, isto é, a área no qual a luminosidade está mais representada.

Na imagem abaixo, esse fato fica ainda mais evidente. A primeiro momento, nosso olhar é levado diretamente para o local mais iluminado, o local onde está o personagem. 

E somente depois, nosso olhar é levado a observar o que está ao redor na sombra e os pontos que complementam a cena. A intenção do autor da pintura, o James Gurney, era justamente levar o nosso olhar diretamente para a ação do personagem utilizando esta técnica de luz e sombra.

Pintura de James Gurney que destaca o personagem através da técnica de luz e sombra

Tridimensionalidade acentuada

O maior benefício de aprender a sombrear corretamente os seus desenhos, é sem dúvida atingir uma tridimensionalidade acentuada, dando mais volume e profundidade nas suas criações.

Desenho de rostos sem nenhum traço ou linhas, definido apenas por luz e sombra

Repare que neste desenho acima, não há nenhum tipo de traçado ou linhas, definindo a forma dos objetos. A arte foi toda desenvolvida pintando os valores, ou seja, esculpindo as formas somente utilizando a luz e a sombra.

Na jaqueta da mulher, veja bem que os vincos são demarcados com maior uso de preto, assim eu consigo representar qual é a parte superior e inferior da dobra da jaqueta, conseguindo obter sensação de profundidade.

O que eu quero dizer aqui, é que não existem linhas no mundo real! 🤔

Nós usamos as linhas para tentar representar a realidade, mas na verdade, o que existe são trocas de planos.

Veja a minha mão, neste local indicado pelo lápis, não há nenhuma linha desenhada, apenas existe uma troca de plano.

Assim, há um plano mais próximo da luz (onde o lápis toca), um plano mais distante da luz (curva abaixo do lápis), um plano apontado para a luz (osso sobressalente do dedão) e um plano lateral (lateral do dedão) que está contra a fonte de luz.

Mão demonstrando os diferentes planos de luz

Ter essa noção te faz parar de pensar em 2 dimensões, treinando sua mente a parar de ver contornos e linhas, e a leva a pensar em 3 dimensões (3D) atingindo mais realismo e melhorando muito a qualidade dos seus desenhos. 

Porque estudar o fundamento da luz e sombra 

Se você não estudar corretamente a luz e sombra ou não usar esta técnica, você irá se deparar com 2 grandes problemas:

  • O primeiro problema é que você fica preso no desenho 2D, chapado, você não compreende de fato como as formas se movimentam no espaço.

Assim, você nunca vai dar o próximo passo além e começar a pensar como desenhista de verdade que aplica em seus desenhos a tridimensionalidade.

  • O segundo problema é que se você pretende trabalhar com arte tradicional, digital ou elevar seu nível na pintura. Sinto te dizer, mas sem o fundamento da luz e sombra, você nunca vai conseguir pintar corretamente.

Como já foi explicado, a cor nada mais é do que a luz refletida, assim, a pintura exige que você compreenda as qualidades da luz e sombra para pintar corretamente as tonalidades  para fazer efeitos e pontos focais interessantes na sua arte.

Quando começar a estudar luz e sombra?

O primeiro passo é aprender a estruturar o desenho e somente depois aprender a  sombrear.

Na minha opinião, de nada adianta entender tudo sobre luz e sombra e não ter um bom desenho para aplicar o que você aprendeu.

Em outras palavras, é importante você aprender primeiro os fundamentos das formas, perspectiva e linhas, que são o básico para começar a desenhar corretamente tudo que quiser e só depois passar para luz e sombra.

Como fazer luz e sombra  

Exercício 1: Controle de gradiente 

  1. Faça um retângulo e o divida em 5 partes
Exercício de gradiente: Desenho de um retângulo com 5 partes
  1. Faça um gradiente, pintando do mais escuro para o mais claro 

O ponto chave aqui é dominar o uso do lápis, saber onde irá colocar mais força ou mais leveza para poder pintar de forma correta e gerar os gradientes de cinza.

O lápis mais indicado para realizar o exercício é o 6B, que é um lápis escuro e macio, no qual é possível atingir tonalidades mais escuras com o controle do braço, como também tonalidades mais claras.

Lápis 6B para desenho de luz e sombra

Aponte o seu lápis com o estilete, para tirar lascas de madeira e revelar mais grafite para facilitar na hora do sombreamento. Pois para este exercício, é necessário pintar colocando o lápis na diagonal.

Lápis apontado com estilete para revelar o grafite para fazer sombra no desenho
  1. O primeiro retângulo deve ser o mais escuro
  2. Seguido de tons de cinzas até chegar no último retângulo no tom mais claro 
Exercício de gradiente com retângulo do tom mais escuro para o tom mais claro

6) Aumente a dificuldade, fazendo 10 retângulos com tonalidades diferentes. E você pode inverter as tonalidades, começando do claro e indo para o escuro.

Exercício de gradiente com aumento de dificuldade, fazendo 10 retângulos

Para garantir uma uniformidade nas tonalidades, existem dois pontos que você deve se atentar:

  • Utilize uma superfície bem plana, lisa e limpa para realizar o exercício de gradiente de cor. Assim, seu exercício ficará uniforme e sem espaços em branco.
  • Se atente ao peso da sua mão na execução do exercício, o quanto você pesa para aplicar uma tonalidade mais escura e uma tonalidade mais clara. Caso, você sinta dificuldade, volte a estudar o fundamentos das linhas, que te explica passo a passo como utilizar o ombro e o cotovelo no seu desenho.

Exercício 2: Copiar luz e sombra de fotos

No começo, escolha objetos simples ou frutas para facilitar o entendimento do exercício.

  1. Faça um quadro para delimitar o tamanho da figura. No meu caso, uma maçã.
Exercício de cópia de luz e sombra - desenho da maça
  1. Após fazer o esboço, demarque o branco, que é o próprio branco do papel, são áreas que não iremos pintar. Neste caso, iremos reservar esta área de brilho intenso no lado esquerdo da maçã.
Exercício de cópia de luz e sombra - demarcando branco na maçã
  1. Demarque também por pretos, no caso na lateral oposta do brilho, que fica no lado direito da maçã.
  1. Utilize o grafite do lápis na diagonal para pintar a maçã. Comece pelo cinza médio (meio tom), e a partir dele fica mais fácil visualizar as áreas que necessitam ser mais escuras ou mais claras.

O meio tom está na área superior, entre o ponto de brilho intenso e o de sombra.

Exercício de cópia de luz e sombra demarcando pretos e brilhos na maçã
  1. Acrescente os tons médios e as áreas e brilho e sombra
Exercício de cópia de luz e sombra com áreas de brilho e sombra
  1. Após pintar a maçã, faça o fundo, pois o fundo também tem variações de tonalidades, repare que o fundo perto da área de brilho é mais claro do que a superfície superior que é mais cinza.
Exercício de cópia de luz e sombra com variações de tonalidades e tons médios e áreas de brilho e sombra
  1. Fazendo isso, fica mais visível percebermos se há a necessidade de melhorarmos as tonalidades na maçã, pois o fundo destaca melhor o desenho. Assim, eu conserto as áreas mais escuras e aplicado uma melhor definição à maçã.
Exercício de cópia de luz e sombra, maçã finalizada

Rotina de prática

Para a sua rotina de prática eu indico que faça pelo menos uns 20 desenhos a partir desses exercícios. Faça isso aumentando a sua dificuldade e escolhendo referências mais complexas, como animais, paisagens e pessoas.

É importante se dedicar e fazer em quantidade nesses exercícios para o treino da parte técnica, como o treino do peso do braço sobre o papel para realizar os gradientes, como também compreender os tipos de luz.

Erros mais comuns

Os erros mais comuns na hora de treinar luz e sombra:

  • Deixar tudo muito claro, sem variação tonal evidente, a partir do meio do gradiente para frente. Pois temos receio de estragar o desenho, Pese a mão aos poucos e sem medo
  • Pintar de forma caótica, fazendo vários movimentos aleatórios sem direção em tons mais claros, deixando marcado. Em áreas escuras esse problema não fica evidente, pois você consegue pintar toda a fibra do papel. Então, atenção aos tons mais claros.
  • MAS principalmente o maior erro é tentar sombrear sem entender a forma, volume, anatomia e tridimensionalidade dos objetos:
    • É impossível aplicar sombra corretas, mesmo que você saiba a parte técnica do sombreamento, como fazer uma sombra uniforme perfeitinha e consiga alcançar tonalidades de cinza super sutis. Assim você precisa saber como é a forma 3D daquilo que você está pintando para sombrear corretamente

Por exemplo, no exercício da maçã, há uma sutileza na transição das áreas mais escuras para as áreas mais claras utilizando a mudança de planos que acompanha a forma e volume da maçã.

Exercício de cópia de luz e sombra com maçã demonstrando a sutileza na transição das áreas mais escuras e claras

E o mesmo se aplica a um rosto humano, observar e compreender as variações de ângulos, o que está mais na sombra ou na luz, permite que você consiga sombrear corretamente e transmitir de forma mais real possível.

Modelo de rosto humano para observar as variações de ângulos de luz e sombra

No caso de uma braço musculoso, é necessário entender o que você está pintando, ou seja, a variação dos planos de uma figura, as deformações do músculo, se está mais rígido ou não, para perceber, onde está a sombra e onde está a luz.

Esboço de braço humano com músculos para entender as variações de planos, deformações, rigidez e posição de sombra e luz

Assim, o desenho de anatomia fica muito mais próximo da realidade, tendo em vista que o braço não é totalmente liso, já que neste caso, o braço apresenta veias, pelos, inserções de músculos e ossos. E essas variações de planos devem ser sombreadas de forma coesa.

Esboço de braço humano anatomia apontando variações de planos por causa de pelos, veias, inserções de músculos e ossos

Traduzindo, você deve ter um entendimento mínimo dos demais fundamentos do desenho para criar sombras adequadas. Estudando os demais fundamentos, adquire-se um conhecimento da estrutura de desenho, pois se você não tem um desenho bem estruturado, nada adianta fazer um bom sombreamento.

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