Desenho de Perspectiva (Fundamento da Perspectiva)
O desenho de perspectiva é um dos maiores fantasmas dos desenhistas iniciantes. Parece super assustador, complicado e difícil de entender, mas não precisa ser!
Não se preocupe, isso vai mudar depois dessa aula de desenho! Você vai aprender como estudar corretamente os Fundamentos da Perspectiva e como aplicá-lo nos seus desenhos.
Se preferir, acompanhe esta aula de desenho de perspectiva em um vídeo no meu canal do Youtube e aprenda de forma prática sobre o fundamento da perspectiva.
O que é perspectiva?
A perspectiva é um sistema inventado para representar a profundidade espacial dos objetos, de pessoas e de tudo aquilo que existe em desenho e pinturas.
Através da perspectiva é possível simular a realidade no papel criando uma sensação de tridimensionalidade nos desenhos.
A tridimensionalidade nos desenhos é adquirida através de um conceito conhecido como o princípio da diminuição.
Por exemplo, a pintura do quadro “O Grito” do Edvard Munch, perceba que o personagem que está à frente é muito maior do que as pessoas que estão ao fundo.
Nessa pintura, Munch respeitou o princípio da diminuição, no qual os objetos que estão mais próximos do observador (à frente) parecem maiores do que aqueles que estão distantes do observador.
No desenho de perspectiva, o que está sendo aplicado na verdade, nada mais é do que uma ilusão de ótica que faz com que o nosso cérebro passe a acreditar que aquilo que está no papel é de fato tridimensional e real.
Nós, desenhistas, somos verdadeiros mágicos, criando essa sensação de tridimensionalidade onde não existe, dando profundidade, volume e coerência com a realidade através do poder do desenho.
O fundamento da perspectiva é uma ferramenta poderosa que tem como papel principal intensificar esta ilusão de ótica, assim, quanto melhor a compreensão da perspectiva, melhor será a nossa arte e o poder de criar essa sensação de 3D.
A origem da perspectiva
A perspectiva impactou e transformou a arte na história da humanidade, influenciando a maneira como os artistas observam e produzem arte atualmente.
Supostamente até os humanos da pré história tinham uma noção do principal conceito da perspectiva, observe as artes encontradas em cavernas em Lascaux na França e demais regiões do mundo que datam de 17,000 anos AC.
A pintura respeita o princípio da diminuição, o primeiro animal que está mais à frente da nossa visão parece maior em relação ao segundo animal que está mais ao fundo.
A grosso modo, os humanos da pré-história já apresentam uma noção de perspectiva, ainda que de forma intuitiva.
Os gregos também estavam ligados no conhecimento sobre a perspectiva há mais de 2000 anos atrás aplicando o fundamento em suas artes.
A representação de pinturas nesses vasos de cerâmica indicam corretamente a perspectiva no assento onde o jovem está sentado (vaso à direita) e os pilares da construção (vaso à esquerda).
É com absoluta certeza, que os gregos e o artista que representou os vasos de cerâmica possuíam um conhecimento claro e muito aprofundado sobre a perspectiva, caso contrário, seria impossível obter um desenho neste nível de qualidade.
Infelizmente, o conhecimento da perspectiva foi perdido pela humanidade, muito provavelmente pela destruição causada por guerras, que ocasionou a perda de parte da história de grandes culturas e povos. Após esse período, fica nítido que a perda deste conhecimento teve um impacto negativo muito evidente. Observe a obra “Temple de Jerusalem” (Século XIII) do francês Guilherme de Tiro.
Na pintura de Tiro fica claro que não havia o conhecimento prévio do princípio da diminuição e da perspectiva, as pessoas apresentam o mesmo tamanho que as casas, as construções estão fora de proporção e parece que estamos vendo os 7 anões sobre a casa central e logo ao lado dela, um gigante, pois essa pessoa é maior que a altura da porta.
Felizmente, o conhecimento da perspectiva foi resgatado no século XV pelo arquiteto italiano Filippo Brunelleschi.
A arte teve um salto gigantesco, já que as artes deste século, principalmente a arte italiana, teve um crescimento em qualidade impressionante.
Nessa mesma época, o famoso pintor e inventor Leonardo Da Vinci descobriu um outro tipo de perspectiva, conhecida como perspectiva atmosférica, transformando e influenciando de vez a maneira como criamos arte.
Perspectiva atmosférica
A perspectiva atmosférica é mais evidente em paisagens e cenários, como por exemplo, quando observamos uma cordilheira de montanhas.
Na foto acima, ocorre uma variação de cores, as montanhas mais próximas tem a cor mais intensa e vívida e as formas mais nítidas e definidas. Conforme há a aproximação do horizonte e consequentemente um distanciamento do nosso olhar, as montanhas perdem a tonalidade e a saturação de cor, e as formas ficam menos definidas.
O efeito ocorre por causa das partículas que ficam suspensas no ar, poeiras ou gotículas de água. A luz é refratada por causa dessas partículas, dificultando a sua chegada até os nossos olhos. Consequentemente, a nitidez de formas e cores de objetos distantes diminui. As cores perdem intensidade, gerando uma variação tonal e o efeito de perspectiva atmosférica.
A obra mais famosa de Leonardo Da Vinci, é um exemplo da aplicação da perspectiva atmosférica, perceba que no quadro da Monalisa, o fundo é muito mais claro e pouco definido em relação aos tons mais escuros e definidos da figura e do cenário mais próximo do observador.
Outro exemplo de um mestre da pintura com o uso da perspectiva atmosférica é o J. M. W. Turner, no século XVIII. Contemple a pintura abaixo e observe as sutilezas das cores e o efeito que o artista criou nesta obra de arte.
A confusão sobre a perspectiva
O fundamento da perspectiva é um dos pilares centrais do desenho, e a maior confusão a respeito da perspectiva é pensar que somente deve ser usada para cenários, cidades e na arquitetura.
A perspectiva funciona não somente para o que foi citado acima, como também para tudo que desejamos desenhar. A perspectiva está presente em todos os objetos, figuras, pessoas, ou seja, tudo que observamos no mundo 3D terá o impacto da perspectiva.
Por exemplo, na construção de veículos, a perspectiva é utilizada de forma ordenada e de modo específico, para deixar todas as partes que compõem um carro de forma coesa.
A perspectiva se aplica também às pessoas, na técnica conhecida como Foreshortening, efeito no qual uma parte do corpo fica maior em relação às demais devido a proximidade ou distância do nosso olhar.
Neste desenho de perspectiva acima, o punho está maior que a cabeça, e a cabeça está maior em relação às pernas do personagem. Sabemos que o punho é menor que a cabeça e pernas, mas devido ao ângulo de visão e perspectiva haverá um efeito de distorção das proporções.
De modo geral, perspetiva está em tudo, pois todos os objetos que observamos, estão posicionados em um determinado ângulo, altura e posição específica. Veja o potinho de vidro abaixo:
Com o potinho posicionado desta forma, o observador tem uma visão superior do objeto.
Caso o potinho fique inclinado, o observador terá outra perspectiva de uma visão diagonal.
E dessa forma é outra perspectiva, assim, todos os ângulos de visão apresentados irão impactar a maneira que você observa o objeto e como você irá desenhar cada parte dele.
A perspectiva traz uma noção de entendimento de como cada forma geométrica se comporta no espaço e a maneira que iremos repassar esse conceito para o papel, assim, a compreensão da perspectiva te permite desenhar tudo o que você desejar.
Tipos de perspectiva
Existem 3 tipos de perspectiva:
- Perspectiva de 1 ponto de fuga: os objetos convergem para um único ponto de fuga.
- Perspectiva de 2 pontos de fuga: os objetos convergem para dois pontos de fuga.
- Perspectiva de 3 pontos de fuga: os objetos convergem para três pontos de fuga. Exemplo: utilizadas nos desenhos de edifícios e monumentos, pois haverá uma enorme distorção pelo tamanho do objeto e nosso ponto de vista.
- Perspectiva de 5 pontos de fuga: esse padrão simula o efeito das lentes de câmera “fish eye”, ou seja, é um efeito curvado que distorce cenas.
Os mais comuns utilizados por nós desenhistas, são de um e dois pontos de fuga.
A descoberta do fundamento da perspectiva caminha junto com o fundamento das formas, não é possível separá-los.
Benefícios de estudar o fundamento da perspectiva
Desenhar com sensação de volume e profundidade
A partir do desenho de perspectiva e do conhecimento do fundamento da perspectiva, será possível entender a estrutura dos objetos, os lados, as formas, rotações, proporções, distorções, ângulos que verá um objeto.
Assim, você será estimulado a imaginar o objeto sem que necessariamente eles estejam na sua frente, e o melhor é que conseguirá representá-lo de maneira muito mais fiel e próxima da realidade.
E, principalmente, o conhecimento sobre perspectiva te auxilia na sensação de profundidade.
Neste cenário é nítido a sensação de profundidade que o desenhista quis representar. Neste desenho, além da sensação de profundidade, observe que há também o princípio da diminuição, no qual o personagem que está fora do vagão está muito maior do que o personagem que está dentro dele.
Desenhos mais interessantes
Sem o conhecimento da perspectiva, não é possível criar um ângulo de visão, como no cenário representado abaixo.
O cenário tem uma visão de baixo para cima, como se o observador estivesse sentado no chão observando a cena, sem o conhecimento da perspectiva, o que seria obtido no desenho, nada mais seria do que uma visão frontal da cena observada.
Este tipo de cenário com visão frontal é extremamente comum, desta forma, pode se tornar desinteressante aos olhos de quem vê. Mas caso aplicado um ângulo diferente propositalmente, seus desenhos se tornam mais interessantes, cativantes e chamativos.
Desenhar tudo que você quiser e imaginar
Quando você entende as regras, tudo fica mais fácil, você sai do reino do “achismo” e vai para o reino da certeza e da confiança.
A partir do momento que você compreende as regras do jogo, no caso, os conhecimentos que devem ser aplicados à sua arte, você fará desenhos confiantes, tornando-os mais fáceis e prazerosos de fazer.
Como já dizia Pablo Picasso:
“Aprenda as regras como um profissional para que você possa quebrá-las como um artista”
Pablo Picasso
Quando você aprende as regras, você pode aplicá-las como desejar para construir desenhos dinâmicos e expressivos saindo diretamente da sua imaginação.
Desenvolve sua visão e visualização mental em 3D
O maior benefício em aprender a desenhar com perspectiva, é que este conhecimento te levará a desenvolver a visão e a visualização mental em três dimensões.
Essas duas habilidades citadas, compõem o que eu chamo de “Olho mental do desenhista” e junto com a régua visual, que é sua capacidade de medir as proporções, simetrias e alinhamentos dos objetos.
Desta maneira, desenvolvendo principalmente a sua visão e visualização em 3D, você passa a ver tudo que está à sua volta em 3 dimensões, como se fosse um grande vídeo game, no qual você vê cenários e personagens, sem definição e textura, apenas com estruturas e linhas.
Tendo essa capacidade desenvolvida, sua mente estará livre para rotacionar tudo ao seu redor e permitirá passar esta informação mental para o papel.
Quando estudar a perspectiva
O melhor momento para estudar perspectiva é em conjunto com o fundamento das formas, assim que você iniciar o estudo de um, consequentemente estará estudando o outro.
É impossível dissociar o fundamento da perspectiva do fundamento da forma, estes conceitos caminham juntos. Considero esses fundamentos os mais importantes e os mais básicos para iniciar seus desenhos.
O fundamento da perspectiva é essencial para o desenvolvimento de um artista, os exercícios e o estudo da teoria parece ser algo monótono e chato, mas sem o conhecimento agregado aos 7 fundamentos dos desenhos, principalmente da tríade dos fundamentos, que são o fundamento da perspectiva, das forma e das linhas, você não sairá dos amadorismo e dos desenhos em duas dimensões (2D).
O conhecimento destes fundamentos são a porta de entrada para o seu desenvolvimento como artista.
O problema de não aprender perspectiva
O maior erro dos desenhistas iniciantes é ignorar totalmente os fundamentos do desenhos e principalmente o fundamento da perspectiva e formas.
Partindo deste princípio, seus desenhos sempre serão amadores e em duas dimensões (2D) iguais aos artistas do século XIV.
Os desenhos sem estes conhecimentos não convencem, não dá para criar nada, nem a tão sonhada anatomia, porque como você deve ter visto se acompanhou as primeiras aulas desta série sobre os 7 Fundamentos do Desenho, para desenhar bem a anatomia você precisa entender as formas básicas e a perspectiva.
Se você quer desenhar do zero para o desenho de imaginação, não menospreze nenhum fundamento do desenho.
Estudo de perspectiva
Para compreender o estudo de perspectiva temos que aprender alguns princípios básicos:
Conceito básico: linha do horizonte e ponto de fuga
A linha do horizonte está sempre na mesma altura que os olhos do observador, ou no caso de uma foto na lente da câmera
O ponto de fuga é um ponto no espaço na linha do horizonte, no qual as linhas paralelas irão convergir (linha amarela na imagem).
O chão e o trilhos do trem representados na imagem estão indo para um ponto único, posicionado acima da linha do horizonte, todas as linhas são guiadas para este ponto (observe a parte final dos trilhos do trem e o gramado)
As imagens que contém cidades e grandes edifícios demonstram com mais clareza a linha do horizonte e os pontos de fuga.
No caso desta foto da cidade, o fotógrafo que tirou a foto está acima do chão, posicionado em um ponto mais alto, observando tudo de cima.
As linhas do horizonte estão representadas pela linha branca e o ponto de fuga ao centro desta linha, e isso é confirmado pelas linhas paralelas em azuis que convergem para este ponto de fuga.
Perspectiva de 1, 2 e 3 pontos
O foco aqui serão os pontos três pontos de fuga mais importantes (1, 2 e 3 pontos)
A perspectiva de 1 ponto de fuga, todas as linhas convergentes se direcionam para um único ponto.
O observador está totalmente de frente para o que está sendo observado, ou seja, irá observar a face totalmente reta e de frente, assim, a perspectiva de 1 ponto é conhecida também como perspectiva paralela.
Na perspectiva de 2 pontos de fuga, obviamente haverá dois pontos de fuga, nos quais as linhas irão convergir para cada um deles (observe a convergência no lado esquerdo e direito da linha horizontal)
Neste caso, o observador não está totalmente de frente, está no ângulo do objeto, vendo primeiro a quina (o canto) e não a face do objeto, assim, esta visão é conhecida como perspectiva oblíqua.
Na perspectiva de 3 pontos de fuga, além dos 2 pontos na linha do horizonte,haverá um terceiro ponto de fuga, que está bem longe e muitas vezes fora da cena, além do papel, podendo estar embaixo quanto em cima. Os 3 pontos de fuga causam uma distorção acentuada nas figuras
Como por exemplo, quando estamos olhando para arranha-céus, neste caso, o ponto de fuga está na parte superior, como na imagem abaixo, e os outros 2 pontos de fuga estão fora da imagem, mais abaixo do lado esquerdo e direito da foto.
Exercícios
Vamos praticar exercícios para treinar o desenho de perspectiva:
Exercício 1 ponto de fuga:
- Faça uma linha reta horizontal no meio da página utilizando uma régua (único exercício que eu recomendo o uso da régua)
- Adicione um ponto de fuga no centro da página posicionado sob a linha horizontal
- Construa um quadrado próximo do centro da página
- Utilizando a régua conecte cada um dos cantos do cubo com o ponto de fuga
- Faça outro quadrado na parte de trás para fechar a forma do cubo
6. Observe e faça a linha paralela ao primeiro quadrado
7. Faça o mesmo na parte superior
8. Seu cubo ficará desta forma
9. Reforce as bordas do cubo, como na imagem abaixo. Repare que só de fazer um contorno sutil, já percebe-se que interno do que é externo
10. Destaque a face da frente com hachuras, que são linhas paralelas
11. Repita o processo em todas a página variando o formato dos cubos, você pode fazer os cubos mais retangulares e em diferentes posições na página
Exercício 2 pontos de fuga:
- O exercício com 2 pontos de fuga segue o mesmo processo que o anterior, faça uma linha horizontal no centro da página
- Posicione dois pontos de fuga na lateral as páginas, um do lado direito e outro do lado esquerdo
- A perspectiva de 2 pontos é conhecida como perspectiva oblíqua, o canto está mais próximo do observador, assim faça uma linha central para formar a quina do cubo
- Conecte a parte superior e inferior desta linha central com os pontos de fuga direito e esquerdo
- Defina as faces do cubo fazendo outras linhas verticais, defina o tamanho mais adequado e trace a linha o mais paralelo possível com a linha central. Faça isso dos 2 lados, obtendo duas face do cubo
- Faça o mesmo do passo 4, conecte a parte superior e inferior das linhas que acabou de fazer com os pontos de fuga direito e esquerdo. Definindo o topo e a base do cubo
- Faça mais um traço que representa a face posterior do cubo, está posicionado na interseção das linhas que acabamos de fazer
8. Percebe que houve um pequeno erro na linha posterior, às intersecções não ficaram 100% alinhadas pois a cada pequeno erro cometido quando você faz as linhas paralelas podem ocasionar este pequeno erro milimétrico. Mas se esforce para minimizar este erro e fazer o mais calculado possível.
- Reforce as bordas do cubo para obter uma noção espacial do que é frente e o que é parte de trás do cubo, como na imagem abaixo. Destaque a face lateral com hachuras
- Repita o processo em todas a página variando o formato dos cubos, você pode fazer os cubos mais retangulares e em diferentes posições
O exercício de 3 pontos de fuga é mais complexo e fica para uma próxima aula.
Rotina de prática dos exercícios de ponto de fuga
Faça 7 cubos em cada página, tanto para 1 ponto de fuga como no exercício de 2 pontos de fuga preenchendo totalmente a folha.
O exercício de perspectiva exige uma determinada atenção e dedicação do desenhista, desta forma eu sugiro fazer pelo menos 20 páginas de cada exercício.
Dicas para estudar
1. Sempre desenhe através das formas
É muito comum os desenhistas só focarem no desenho do cubo apenas da face esquerda, direita e topo, esquecendo de imaginar e realizar a parte através do cubo (plano posterior).
O objetivo dos exercícios é desenvolver a visão 3D e imaginar onde estaria a face posterior, se esforce para ter essa percepção e execute o exercícios desenhando todos os planos.
2. Compreenda o que está desenhando
Execute o exercício de forma consciente, faça o exercício compreendendo cada passo, o comportamento do cubo em determinadas posições, ângulos, direções, distorções ou distanciamento do ponto de fuga.
Visualize mentalmente como o cubo existiria na realidade, utilizando a visão em 3D
3. Contorno
O contorno para destacar a parte interna da parte externa, demanda uma habilidade que está relacionada com o exercício de linhas, que garante firmeza e confiança para realizar o traçado.
Caso queira, leia e assista a aula sobre o fundamento da linha.
Erros mais comuns
1. Fazer os cubos fora do centro
Caso você escolha um local na folha muito distante do centro da folha, os cubos ficarão com uma enorme distorção, ficando fora do padrão real.
2. Desenhar de forma automática
O desenho exige um nível de consciência constante, atente-se sempre àquilo que está estudando e observando e seja um analista crítico que compreende as regras do jogo.
3. Não se dedicar a longo prazo
O fundamento da perspectiva deve ser levado a longo prazo, atente-se em realizar os exercícios na quantidade certa, no tempo correto e de maneira constante.
O não entendimento da importância do fundamento da perspectiva te levará à frustração, já que será pouco provável que você consiga desenhar o que deseja e avançar no desenho.
Caso fique entediado ou se sinta cansado de realizar o exercício de perspectiva, vá alternando com outros exercícios e faça pausas, mas nunca o abandone.
Rotina de estudos
- Faça todos os exercícios que indiquei aqui alternando com os exercícios de outros fundamentos;
- Estude outros fundamentos, como o das formas e linhas
- Se atente aqueles exercícios que não consegue executar com maestria e os revisite, para analisar criticamente as lacunas que ficaram com relação à teoria e ao conceito do exercício.
- Divirta-se, ninguém vive só de estudo.
O estudo da perspectiva nunca termina, a aula apresentada acima é só a ponta do iceberg, uma introdução.
Caso tenha curiosidade de se aprofundar, eu indico um livro de perspectiva chamado “How to Draw: Drawing and Sketching Objects and Environments from Your Imagination” – Scott Robertson que têm vários conceitos avançados do fundamento da perspectiva.
Mas não pira, saiba que tendo noção dos conceitos de 1 e 2 pontos de fuga você será capaz de executar uma variedade enorme de desenhos.
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